domingo, 7 de fevereiro de 2021

Pandemia



Despediu-se de mim a luz suave de Janeiro deixando para trás a tragédia e o sofrimento dum ano inteiro. Tantas mortes, tantas pessoas doentes, como nunca, num mês primeiro, com o atraso do confinamento. Alastrado o silencioso desconhecido, onde o medo foi adaptado, fica esta tristeza em mim plantada.

Chove.

Não houve trovão a anunciar a intempérie.
Também não houve anjos, com as suas trompetes, a darem boas-novas.

Foi só silêncio e dor.

Aos dias varridos, esta a memória de todos os nomes.

De todos.

2 comentários:

  1. Um mês de Janeiro difícil, pesado e lamentável, se ao menos o ser humano tivesse capacidade para querer saber um pouco dos demais... eventualmente teria sido um mês mau na mesma, mas um pouco melhor.

    Um belo texto, sentido e verdadeiro.

    Abraço

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  2. Luís,
    Seu texto traduz exatamente
    o que sinto e o que
    sentimos, acredito.
    Bom dia de domingo de ramos.
    Bjins
    CatiahoAlc.

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