Despediu-se de mim a luz suave de Janeiro deixando para trás a tragédia e o sofrimento dum ano inteiro. Tantas mortes, tantas pessoas doentes, como nunca, num mês primeiro, com o atraso do confinamento. Alastrado o silencioso desconhecido, onde o medo foi adaptado, fica esta tristeza em mim plantada.
Chove.
Não houve trovão a anunciar a intempérie.
Também não houve anjos, com as suas trompetes, a darem boas-novas.
Foi só silêncio e dor.
Aos dias varridos, esta a memória de todos os nomes.
De todos.
Um mês de Janeiro difícil, pesado e lamentável, se ao menos o ser humano tivesse capacidade para querer saber um pouco dos demais... eventualmente teria sido um mês mau na mesma, mas um pouco melhor.
ResponderEliminarUm belo texto, sentido e verdadeiro.
Abraço
Luís,
ResponderEliminarSeu texto traduz exatamente
o que sinto e o que
sentimos, acredito.
Bom dia de domingo de ramos.
Bjins
CatiahoAlc.