"Encontro todas as palavras por dentro do silêncio construído no meio do caos.
Só preciso dum momento, uma grande viagem, em passos leves como vento e sem por isso dar, todos passos se dilurem, nos sonhos que existiram em vão.
Para que precisaria agora de sonhos e caminhos, se a vida antes beleza se transformou em miséria.
Perdido o Amor da minha vida nada mais me sobra. Nem as palavras, nem a dignidade travarão esta vontade de desistir. Adormecer finalmente e esquecer.
Agora só esse silêncio merece ser chamado ter nome e ficar registado.
Falam-me dum sítio perdido dentro da montanha onde habitam os espíritos que construíram uma floresta escondida, onde há um lugar que possa para mim olhar. Toda a massa verde das árvores - dizem - deixa escorrer conhecimento e saber.
Sigo para lá com a convicção de que finalmente de mim me quero perder.
Uma coisa é certa: quando morrer posso ficar descansado que ninguém me irá lá ver."
Um suicida na floresta japonesa, onde encontrou o espírito dum homem que, julgando salvá-lo, salvou-se.
- filme: Mar de Árvores
Vi o filme, que muito me tocou. Relembrei-o através da sensibilidade de seu texto. Abraço.
ResponderEliminar